Calla - Televise

I enjoy groups who are different, who differ from running along the usual ruts. Calla is one of them. So clear and at the same time dissonant. Televise transmits songs burbling up by bass lines and by the static that sometimes fills in as a rhythm section. Whispered vocals barely emerging from the mix. Lyrics like "Sit. Notice. I am silent". Listening is like watching sand blowing across their texas deserts in the evening.


Gosto de grupos musicais diferentes, que não seguem o obvio. Calla é um deles. Seu som é claro e ao mesmo tempo dissonante. Televise transmite canções impulsionadas pelo baixo e pela estática que às vezes faz as vezes de seção rítmica. O vocal é sussurrado e por instantes mergulha no mix geral. Letras como "Sente. Repare. Estou em silêncio". Ouvir é como ver areia soprando nos desertos do Texas deles ao final do dia.




Calla - Televise (2003)

01. Strangler
02. Monument
03. Astral
04. Don't hold your breath
05. Pete the killer
06. Customized
07. As quick as it comes / Carrera
08. Alacran
09. Televised
10. Surface scratch

Aurelio Valle (guitars / vocals)
Wayne Magruder (drums / programming / percussion)
Sean Donovan (keyboard / bass / programming)


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Sá, Rodrix & Guarabyra


No começo dos anos 70, chegou às turminhas da contracultura uma música que virou uma espécie de hino: "Hoje ainda é dia de rock". Tempinho depois o tema virou teatro, com a peça homônima, num dos templos do alternativo, o Teatro Ipanema, marcando ainda mais a geração que desbundava pra fora dos antolhos das ditaduras.

Pensei nisso ao fazer uma homenagem a Zé Rodrix (autor dessa música), que faleceu ontem. Nessa época, Rodrix (que a gente conhecia da superbanda Som Imaginário) entrou prum trio com Luis Carlos Sá e Gutemberg Guarabyra (era o tempo dos trios juntando musicos avulsos, lembram?). Sá & Guarabyra depois lançariam o rock rural (germinando a semente do proprio Rodrix em Casa no Campo), Zé viraria publiciário de jingles célebres (só tem amor quem tem amor pra dar), mas nesses dois discos a coisa ainda era meio roqueira com influencias psicodélicas e menções ao camp.

ps - mas minha predileta é Mestre Jonas

pss - e acho insuportável Casa no Campo


Brazil, early 70s. The soundtrack for our counterculture included a kinda anthem called "Hoje ainda é dia de rock" (It´s still rock time). Later on the song became a play in the alternative temple Teatro Ipanema, meeting point for a generation which was freaking out from beyonf the shackles of a military dictatorship.

I was thinking of this when Zé Rodrix (composer for this song) died yesterday. In those days Zé Rodrix, coming from the supergroup Som Imaginário, formed the trio Sá Rodrix & Guarabyra (trios were the thing back then, remember?) who recorded these two records.

Sá & Guarabyra continued on to launch a rural-folk-rock-brazilian thing. Rodrix went on to pen catchy famous ad jingles (so much for counterculture), returning to the musical spotlights in the 80s with the humurous musical group called Joelho de Porco (Pig´s Knee). But in these two records they were camping it up, rockin songs sixties, seventies and even fifties-style.

It was still rock time.
(But my favorite is the piano thumping Mestre Jonas, who lived in a whale)






Sá, Rodrix & Guarabyra: Passado, presente, futuro (1972)

1- Zepelim (Sá)
2- Ama Teu Vizinho (Sá & Rodrix)
3- Juriti Butterfly (Sá & Gurabyra)
4- Me Faça Um Favor (Sá & Gurabyra)
5- Boa Noite (Sá & Rodrix)
6- Hoje Ainda É Dia De Rock (Rodrix)
7- Primeira Canção Da Estrada (Gurabyra)
8- Cumpadre Meu (Rodrix)
9- Crianças Perdidas (Sá)
10- Azular (Sá)
11- Ouvi Contar (Sa, Rodrix & Gurabyra)
12- Coda: Cigarro De Palha (Guarabyra)




Sá, Rodrix & Guarabyra: Terra (1973)

1 Os anos 60
2 Desenhos no jornal
3 Meste Jonas
4 Blue Riviera
5 Adiante
6 Pindurado no vapor
7 O pó da estrada (
8 O brilho das pedras / Paulo Afonso

9 Até mais ver

all songs by Sá, Rodrix & Guarabyra


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Music & Things

Every week, a new large list of interesting URLs to explore, with music to listen to and bloggers to follow. In various styles and from diverse places.

Here

Milton Nascimento & Lo Borges - Clube da Esquina


Continuando na sequencia de discos citados no post de Monsueto abaixo, por terem regravado magistralmente clássicos do popular Comandante , aproveito o pretexto para lembrar aqui de um de meus discos preferidos de todos os tempos.


Milton já era um artista famoso quando gravou este album duplo (um dos primeiros duplos no Brasil) com um grupo de amigos, musicos e compositores com quem vinha tocando e criando desde os anos 60 (o disco é creditado a Milton & Lô - este com 17 anos - mas é mais uma criação coletiva da turma do clube). Seu enorme sucesso lançou um estilo novo de música brasileira, canções modernas de Minas Gerais, misturando toadas rurais, música espanhola/latina, ritmos africanos, festas populares, psicodelismo, letras geniais e harmonias beatlelescas, capitaneadas pela voz cortante de Milton Nascimento. Os outros membros do Clube da Esquina seguiram carreiras frutíferas e uma geração de bandas e compositores se formou sob a influencia deste album seminal.



Another album that I mentioned in the post below about Monsueto, which have me the idea to show here one of my favorite records of all time.

Milton already was a famous singer/songwriter when he recorded this double album (one of the first brazilian double-albums) with a group of friends, musicians he had been playing and writing songs with since the 60s (the record is credited to Milton & 17 years old Lô but it´s mostly a collective contibution). A huge success, it launched a whole new style of brazilian music, modern songs from the the inland state of Minas Gerais, mixing tradicional rural toadas, spanish music, african rhythms, folkloric festivities, psychedelia, great lyrics and beatles-drenched arrangements, spearheaded by the cutting voice of Milton. The other members of this "Club from down on the corner" went on to become popular musicians and numerous bands were formed in Minas and other states under the influence of this album.





Milton Nascimento & Lo Borges - Clube da Esquina (1972)

1. Tudo que você podia ser (Márcio Borges - Lô Borges)
2. Cais (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
3. O trem azul (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
4. Saídas e Bandeiras nº 1 (Milton Nascimento - Fernando Brant)
5. Nuvem cigana (Lô Borges - Ronaldo Bastos)
6. Cravo e canela (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
7. Dos cruces (Carmelo Larrea)
8. Um girassol da cor de seu cabelo (Márcio Borges - Lô Borges)
9. San Vicente (Milton Nascimento - Fernando Brant)
10. Estrelas (Márcio Borges - Lô Borges)
11. Clube da Esquina nº 2 (Lô Borges - Milton Nascimento)
12. Paisagem na janela (Lô Borges - Fernando Brant)
13. Me deixa em paz (Ayrton Amorim - Monsueto)
14. Os povos (Márcio Borges - Milton Nascimento)
15. Saídas e Bandeiras nº 2 (Milton Nascimento - Fernando Brant)
16. Um gôsto de Sol (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
17. Pelo amor de Deus (Milton Nascimento - Fernando Brant)
18. Lilia (Milton Nascimento - Fernando Brant)
19. Trem de doido (Márcio Borges - Lô Borges)
20. Nada será como antes (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)
21. Ao que vai nascer (Milton Nascimento - Fernando Brant)


Milton Nascimento - vocal
Lô Borges – violão
Tavito – Guitarra de 12 cordas e violão
Toninho Horta – Guitarra e baixo
Nelson Ângelo – Guitarra, surdo e piano
Wagner Tiso – Órgão e piano elétrico
Beto Guedes – Baixo e guitarra
Robertinho Silva - Bateria
Luiz - Caxixi
Rubinho - Tumbadora
special guest: Alaide Costa, vocal track 13

basic arrangements: Wagner Tiso
instrumental arrangements: the musicians
orchestral arrangements: Eumir Deodato, Wagner Tiso
orchestra conductor: Paulo Moura

@320 kbps
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Caetano Veloso - Transa

Mencionei no post abaixo o disco Transa, de Caetano (onde recria uma música de Monsueto), e pensei então em publicar, na sequencia, este album antológico.

Este é o segundo dos dois albuns londrinos de Caetano, distante de sua triste bahia/brasil militarizada. O primeiro entorna tristeza enquanto este tem a excitação da descoberta de outras culturas, mas sem despregar a alma das canções brasileiras, misturando letras em ingles e portugues.

As faixas foram gravadas com amigos, brasileiros morando em Londres, num clima de jam-session.

A capa era algo totalmente o espírito da época: um objeto multifacetado e montável criado por Álvaro Guimarães.

Um dos melhores discos brasileiros de todos os tempos.



I mentioned in the post below Caetano´s record called Transa, where he recreated a classic by Monsueto, so I thought of publishing this one next.

This is the second of two albuns Caetano recorded while in exile in London (we were under a military dictatorship back then). The first is drenched with sadness but this one has the excitement of discovering other cultures, while at the same time looking back at his homeland, with lyrics in english and portuguese.

The tracks were recorded with friends, brazilian musicians living in London, in a jam-session style.

Curiosity: Nine out of ten is the first brazilian song using reggae rhythms (and one of the first non-jamaican artists to do so).

One of the best brazilian records of all time.






Caetano Veloso - Transa (1972)

01. You Don't Know Me
02. Nine Out of Ten
03. Triste Bahia
04. It's a Long Way
05. Mora Na Filosofia
06. Neolithic Man
07. Nostalgia (That's What Rock'n´Roll is all about)

all songs by Caetano except track 5 by Monsueto & Arnaldo Passos
track 3 lyrics on poems by Gregório de Mattos

arranjos de Jards Macalé, Tutti Moreno, Moacyr Albuquerque e Áureo de Sousa.

@320 kbps
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Mora na Filosofia com Monsueto, um Baita Negão

A senhora subiu no morro errado! - era o bordão de Monsueto como comediante na TV. Na música, Monsueto estava no morro certíssimo. Morro do Pinto. Sambão. As músicas de Monsueto queimaram meus ouvidos no início dos anos 70 nas interpretações clássicas de Alaíde Costa & Milton Nascimento (no Clube da Esquina) e Caetano Veloso (no Transa).
Daí subi o morro musical do tempo e descobri as gravações originais, de muita batucada (ele era percussionista).
E além de tudo isso, o Comandante foi também um ótimo pintor naif.


Old school samba from the early 60´s. Monsueto was a composer, singer, percussionist, actor and TV comedian. After he stopped singing he became a quite good naif painter.
In the 70´s his songs made a comeback due to two classic recordings by Caetano Veloso (in the Transa album) and Milton Nascimento in duet with another old-timer, Alaide Costa (in the Clbe da Esquina double album).
These are the original recordings - the only LP he made - with lots of batucada.


Mora na Filosofia dos Sambas de Monsueto (1962)

• Mora na filosofia (Monsueto Menezes-Arnaldo Passos)
• Couro do falecido (Jorge de Castro- Monsueto Menezes)
• Tá pra acontecer (Monsueto Menezes-José Batista-Ivan Campos)
• Levou fermento (Monsueto Menezes-José Batista)
• Me empresta teu lenço (Monsueto Menezes-Elano de Paula-Nicolau Durso)
• Me deixa em paz (Monsueto Menezes-Ayrton Amorim)
• Rua Dom Manuel (Monsueto Menezes-Jorge de Castro)
• Senhor Juiz (Monsueto Menezes-Jorge de Castro)
• A fonte secou (Monsueto Menezes-Tufic Lauar-Marcléo)
• Copacabana de tal (Monsueto Menezes)
• Este samba tem parada (Monsueto Menezes)
• Água e azeite (Monsueto Menezes-Estanislau Silva)
• Na menina dos meus olhos (Monsueto Menezes-Flora Mattos)
• Lamento da lavadeira (Monsueto Menezes-Nilo Chagas-João Violão)
• Na casa de Antônio Job (Monsueto Menezes-Venâncio)
• No molhado (Monsueto Menezes-José Batista)
• Morfeu (Monsueto Menezes- Luiz Reis)
• Segunda lua de mel (Monsueto Menezes-Flora Mattos)
• Fogo no morro (Monsueto Menezes-José Batista)
• Eu quero essa mulher assim mesmo (Monsueto Menezes-José Batista)


E por falar em Monsueto, Virginia Rosa lançou este tributo ano passado, seus clássicos em arranjos modernos (aliás, cada faixa tem um produtor diferente). Virginia era uma das vocalistas do Isca de Polícia, de Itamar Assumpção, tem voz de negona também, e este é seu terceiro disco, um independente lançado pelo SESC.


Monsueto was a huge fellow. Virginia Rosa is a small woman but her voice is as huge as Monsueto´s. His songs appear here in her tribute album in more modern arrangements (each track with a different producer). Nice to compare the two records. And get to know Monsueto, whose songs were very popular in Brazil.


Virginia Rosa - Baita Negão (2008)

1- Sambamba
2- Eu quero essa mulher assim mesmo (Monsueto & José Batista)
3- Me deixe em paz (Monsueto & Ayrton Amorim)
4- A fonte secou (Monsueto, Marcelo & Raul Moreno)
5- Mora na filosofia (Monsueto & Arnaldo Passos)
6- Lamento da lavadeira (Monsueto, João Vieira Filho & Nilo Chagas)
7- Mané João (MOnsueto & José Batista)
8- Despejo da saudade (Monsueto & José Batista)
9- Morfeu-Nó molhado (Monsueto & José Batista)
10- Faz escuro mas eu canto (Monsueto & Thiago de Mello)
11- Pot-pourri Baita Negão

Produtores:
Douglas Alonso (1)
Skowa (2)
Che (3)
Jair Oliveira (4)
Celso Fonseca (5)
Swami Jr (6)
Quinteto em Branco e Preto (7)
Dino Barione (8)
Quinteto da Paraíba (9)
Geraldo Flach (10)
Nailor Azevedo & Mantiqueira (11)

http://rapidshare.com/files/229491597/ssoonnss-Monsueto.rar
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